Café é tema de passeio turístico no Paraná e no Rio de Janeiro

Editoria: Vininha F. Carvalho 11/06/2015

A história do Brasil está intimamente ligada ao café. Do período colonial aos tempos atuais, a produção marcou a histórica do país de modo que, ainda hoje, somos o maior produtor e exportador do grão – e o segundo maior consumidor em todo o mundo. As marcas desse processo estão em toda parte e geram um grande interesse, especialmente dos turistas.

Os meses de maio e junho, período de colheita, são os mais indicados para visitar as fazendas do Paraná, de acordo com o agente de turismo Ricardo Valente, que trabalha em uma agência de turismo de Londrina.

“O visitante pode caminhar pelos cafezais, abanar os grãos e arar no terreiral”, disse. No estado são mais de 30 atrativos em nove municípios.

O roteiro inclui pousadas, cafeterias, fazendas históricas e produtivas, além de indústrias e restaurantes que podem ser consultados em Rota do Café.

Entre eles, há um passeio à fazenda Palmeira, em Santa Mariana, que leva o turista à propriedade, pela manhã, para que visite as plantações, acompanhe o processo de beneficiamento e experimente o café. De lá partem para a fazenda histórica de Monte Belo, em Ribeirão Claro.

A propriedade não é produtiva, mas mantém o maquinário antigo e as lembranças dos tempos áureos da cafeicultura brasileira. Os proprietários oferecem um típico café rural aos turistas e um passeio por uma trilha ecológica. O passeio de um dia com transporte custa R$ 180.

Se a ideia é se aprofundar em fazendas históricas onde viviam os barões de café, entre 1850-1860, e contemplar o mobiliário da época, o Rio de Janeiro é um ótimo destino. Em Vassouras (RJ), um hotel oferece a experiência de “Chá com Eufrásia Teixeira Leite”, no qual os visitantes experimentam o café em um salão decorado no estilo Belle Époque, como se estivessem em Paris do final do século XIX.

Uma poetisa, caracterizada como Eufrásia, recepciona os convidados e proclama versos de cordel recordando a herança dos hábitos locais, ao som de Ravel e Villa Lobos.

Durante a encenação, são oferecidos quitutes como rocambole de laranja, patê de foie com geleia de amora, rabanadas de brioche, entre outros, elaborado a partir de produtos e receitas antigas.

Ao fim, o visitante leva consigo um livreto com poemas de cordel de autoria da poetisa. Para experimentar o chá com Eufrásia é preciso agendar com, no mínimo, quatro dias de antecedência, ao custo de R$ 70.

Em Vassouras (RJ), o turista também pode visitar a fazenda Cachoeira Grande, uma propriedade com vários cafezais que recebe turistas para hospedagem. A fazenda foi restaurada e o mobiliário antigo está preservado. É o proprietário mesmo quem conta a história da fazenda aos visitantes.

O passeio acontece em dois horários às 11h e às 15h, com agendamento e inclui visita externa (lago, jardins, vista do alto do pátio de café e ruínas das antigas senzalas e máquinas movidas a água) e casa grande, além de um lanche ao final.

Fonte: MTur / Carolina Valadares