Tomate resistente desenvolvido em Israel é adaptado ao clima brasileiro

Editoria: Vininha F. Carvalho 08/07/2005

De acordo com informações da Embrapa Hortaliças, a produção brasileira de tomates nos últimos 25 anos cresceu 122%, passando de 1,53 milhão de toneladas (1980) para 3,42 milhões de toneladas (2004).

A atividade é importante, representando 22% de toda produção de hortaliças do País, hoje estimada em 16 milhões de toneladas. No período, o tomate teve aumento de 92% na produtividade média, passando de 30,64 t/ha para impressionantes 59,1 t/ha.

Esses números indicam que o produtor está cada vez mais tecnificado e busca novidades tecnológicas para melhorar ainda mais a produtividade.

A Agristar do Brasil, empresa brasileira, líder em sementes para horticultura, também faz a sua parte e disponibiliza variedades de tomate voltadas para o aumento da produção e, conseqüentemente, maior lucro dos produtores.

Um exemplo é o Tomate Giovanna F1, desenvolvido em Israel pela Zeraim Gedera e adaptado às condições tropicais pela Agristar. Essa variedade apresenta frutos uniformes, enfolhamento que proporciona boa proteção dos frutos, pencas de floração definidas, frutos de tamanho médio 8cm x 6cm, peso médio de 220 gramas e destaque na coloração.

“Fizemos muitos testes no Brasil com essa variedade, que se mostrou extremamente bem adaptada a todas as regiões produtoras. O Giovanna F1 é bastante tolerante a doenças bacterianas, como cancro bacteriano e Xanthomonas, e doenças fúngicas, como a requeima”, explica Fernando Aranda, especialista da Agristar.

Outro diferencial produtivo interessante é a durabilidade dos frutos. O Giovanna F1 tem como característica maior duração após a colheita e manutenção do sabor por mais tempo.

“Há duas décadas, o agricultor tinha menos de uma semana para colher e comercializar o tomate sob pena de o produto perder consistência e sabor.Com o intenso trabalho de melhoramento genético, desenvolvemos linhagens que agregam pós-colheita mais longa com a manutenção do sabor: frutos que duram até 15 dias em perfeitas condições e mantêm o sabor desejado pelo consumidor”, explica Fernando Aranda, exemplificando recente embarque de tomates Giovanna F1 de Caçador (SC) para Manaus (AM).

“A viagem demorou cerca de 10 dias e os frutos chegaram aos atacadistas amazonenses em perfeito estado e com excelente qualidade”, conclui.

Por ter todas essas características, o Giovanna F1 é uma das variedades de tomates híbridos mais competitivos do mercado. “É a variedade que apresenta maior classificação AA – que traz maior rentabilidade ao produtor. Isso garante grande aceitação também entre os atacadistas. E isso é transformado em maior rentabilidade”, afirma Aranda.



Fonte: Texto Assessoria

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