Editoria: Vininha F. Carvalho 03/03/2006
Nas previsões que faz anualmente para o setor do turismo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) acredita que, para 2005, o setor que mais crescerá dentre os analisados será o das operadoras, que pulará dos 8,1% registrados em 2004 para 11,1%.
Em seguida, vem o setor de hotelaria, saltando de 8,3% para 9,6% neste ano. As agências manterão o crescimento de 12,3%, enquanto o setor de eventos aponta uma expansão menor para 12,7% contra os atuais 17,3%, mesmo fenômeno verificado pelos receptivos, que vão crescer menos: em vez dos 21,3%, apenas 19,2%.
Os números foram divulgados pelo coordenador da área de Turismo da FGV, Luiz Gustavo Barbosa, na Conferência Internacional Conta Satélite - Entendendo o Turismo e Definindo Estratégias, que a Organização Mundial do Turismo (OMT) realizou em Foz do Iguaçu .
Em sua apresentação, o economista informou que a pesquisa foi realizada com 948 empresas do país, que envolvem vendas estimadas em R$ 2,4 bilhões e geram 40 mil empregos diretos.
Em relação aos preços e estimativas de custos, a maioria dos setores apresentará aumentos abaixo da inflação projetada para o ano, de 5,1%, segundo o Banco Central do Brasil. Receptivo (4,1%), agências (2,6%) e eventos (2,1%) vão apresentar crescimento inferior à taxa inflacionária, enquanto hotelaria (9,4%) e operadores (9,1%) terão reajustes acima da mesma.
"A partir do ano que vem vamos incluir o transporte aéreo e aluguel de carros na mesma análise", acredita Barbosa. Os resultados são divulgados a cada três meses e um relatório anual também será publicado.