Editoria: Vininha F. Carvalho 31/07/2006
Vanuatu, um grupo de ilhas ao sul do Oceano Pacífico cuja população é composta basicamente por pescadores e agricultores, é o lugar mais feliz do mundo, conforme um estudo divulgado.Os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido estão entre os países com menor índice de felicidade do mundo devido ao seu maior consumo de recursos naturais, como o petróleo, de acordo com o levantamento elaborado pela empresa de pesquisa New Economics Foundation, localizada em Londres.
O Brasil ficou na 63 posição, contabilizando 48,6 pontos no índice, bem atrás da Argentina, que ficou na 47 colocação, com 52,2 pontos. Colômbia ficou em segundo lugar, com 67,2 pontos. O país mais infeliz do mundo é o Zimbábue, que ficou em último no ranking, com 16,6 pontos.
Os habitantes das ilhas de Vanuatu vivem cerca de 69 anos, aproximadamente oito anos a menos do que os norte-americanos, e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é de US$ 2.944, um treze avos do dos EUA. "As pessoas podem viver bastante e terem vidas felizes sem utilizar mais do que sua cota justa dos recursos naturais do planeta", segundo o relatório publicado ontem no site da fundação.
A New Economics Foundation é um grupo de pesquisa que organiza campanhas referentes a questões ambientais e econômicas, como a redução das dívidas dos países pobres. Ela foi criada em 1986 para questionar as pautas discutidas pelo Grupo dos Oito países mais industrializados do mundo (G8).
Índice da felicidade:
O Índice Planeta Feliz (Happy Planet Index - HPI) cobre 178 países e é calculado pela multiplicação da expectativa de vida pelo nível de satisfação com a vida. Esse resultado é dividido pelo impacto ambiental de cada país, fator que inclui as emissões de gás carbônico.
O índice foi compilado durante dois meses com a ajuda dos dados referentes à expectativa de vida da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgados em 2003, das estatísticas do Banco de Dados Mundial sobre a Felicidade, de 2005, e de uma pesquisa sobre consumo e impacto ambiental realizada pela World Footprint.
O campeão Vanuatu obteve 68,2 pontos, enquanto os EUA conseguiram 28,8 pontos e a 150 colocação no índice. O Reino Unido somou 40,3 pontos e ficou em 108 lugar.
Cuba e o Vietnã, países que na década de 1960 representavam o "perigo vermelho", são atualmente paraísos de felicidade, ocupando colocações que estão mais de 100 posições acima da dos EUA.
De acordo com a pesquisa, os EUA e a Alemanha possuem níveis semelhantes de satisfação e de expectativa de vida, embora os alemães, que obtiveram a 81 colocação, disponham de uma "reserva ecológica", ou área exigida para sustentar sua população, com metade das dimensões dos Estados Unidos.
Entre os países membros do G8, a Itália foi o país que obteve a melhor colocação, ficando com o 66 lugar, revelou o estudo. Já a Rússia, teve a pior: 172 lugar, ficando bem perto do último país do índice. Entre os mais ricos, Japão, Canadá, França ficaram, respectivamente, nas 95, 111e 129 classificações.
Países da América Central responderam por nove das 10 primeiras posições dos países mais felizes. As economias africanas, entre as quais a Suazilândia e a Guiné Equatorial, formam o grupo dos 10 últimos, segundo o índice.