Nordeste no centro das atenções dos investidores estrangeiros

Editoria: Vininha F. Carvalho 18/04/2006

O turismo nordestino continua na mira dos investidores portugueses. No Nordeste Invest, evento turístico e imobiliário que aconteceu em Maceió, os estrangeiros confirmam sua atração pela área de sol e praia.Muito potencial a ser explorado. Para os investidores estrangeiros que participam do Nordeste Invest - Encontro Internacional de Investimentos Turísticos e Imobiliários do Nordeste Brasileiro, em Maceió, a região ainda tem muito a crescer e diversos investimentos a receber. Nos dois dias de evento, cerca de 300 pessoas participam de palestras, a fim de discutir as vantagens e desvantagens de se investir no turismo nordestino.

No evento, os portugueses mostraram que não apenas o Ceará está na mira dos empresários lusitanos, mas todo o Nordeste seduz esses investidores. Maioria do mercado internacional, os portugueses têm na identidade lingüística e cultural com a região um verdadeiro fator de atração.

Para o diretor do grupo português Lusotur, Carlos Rocha, o Nordeste como um todo é uma região emergente. No entanto, algumas áreas já contam com infra-estrutura mais desenvolvida e, conseqüentemente, levam a preferência de quem pretende desenvolver algum negócio na terra de sol e praia o ano inteiro. Nessa categoria, quem parece estar levando a melhor é a Bahia.

Sem nenhum empreendimento no Nordeste, Rocha afirma que essa viagem deve servir como uma análise da Região. Estado algum, segundo ele, mantém uma aproximação maior com o grupo, estando todos sendo avaliados.

Para o empresário, a tendência dos resorts deve ser intensificada, de forma a estruturar o que seria uma “segunda habitação” para os portugueses. “Muitos portugueses já têm sua segunda habitação no Nordeste. A idéia é que os resorts sejam especificamente de segunda habitação”, explica o investidor.

Apesar de ter grandes interesses na região, o diretor adverte que ainda há muito a ser feito. “As infra-estruturas todas têm que ser melhoradas”, adianta, afirmando que serviços como saneamento básico ou a capacitação da população local, não são satisfatórios. Se Rocha não tem uma zona de investimento definida, o grupo português Porto Bay Hotels & Resorts parece já avança nos contatos.

Como explica o presidente do grupo, Antônio Trindade, as primeiras negociações já estão sendo acertadas com a Bahia. Entretanto, ele adianta que o grupo pretende se estender pela região e o Ceará tem boas chances de ser um segundo ponto a receber os investimentos portugueses.

De acordo com Trindade, o grande entrave para o investimento no Ceará é a irregularidade nas taxas de ocupação e nas tarifas de preço. “Os destinos estão acostumados com baixas taxas de ocupação e grandes variações de preço”, afirma, explicando que os operadores querem uma realidade mais sólida.

Além das palestras, rodadas de negócios estão acontecendo no evento. A idéia é que até hoje sejam realizados pouco mais de cem encontros. Apesar de boas chances de investimento no litoral cearense, nenhum grupo do Estado participou dos agendamentos.

Fonte: Nordeste Invest

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