Gastronomia Brasileira será servida na ONU

Editoria: Vininha F. Carvalho 22/05/2006

A 25 dólares por pessoa, com direito a bufê e sobremesa, a gastronomia brasileira será atração na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, de 22 de maio a 02 de junho próximo. A iniciativa do “Brazilian Food Festival” - Brasil Sabor, é do Ministério do Turismo, representado pela Embratur, e da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), em evento que pretende ampliar o conhecimento sobre o País e a atração de turistas dos Estados Unidos. “Nosso objetivo é promover e explorar a gastronomia como diferencial competitivo para o turismo do Brasil”, afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci Júnior.

Por dez dias o corpo diplomático, funcionários da ONU e público em geral terão a oportunidade de experimentar o que existe de melhor na culinária brasileira. Quatro chefs brasileiros convidados assinam o cardápio que será servido nos dez almoços. Alice Mesquita, de Brasília (DF); Fábio Sicília, de Belém (PA); Dadá de Salvador (BA); e Ivo Faria, de Belo Horizonte, (MG), apresentarão um panorama da cozinha brasileira em cinco regiões do País.

Entre os pratos, sopa de mandioca, angu de fubá e batata doce, escondidinho de carne seca, acarajé e tutu de feijão. Eles participam também de um coquetel no dia 23 de maio e do evento Chef´s Table, com a imprensa de Nova York, no dia 25. Os chefs estão programando uma mesa para preparação — na hora — de tapiocas, doces e salgadas, além do coquetel volante com bufê de caipirinhas e batidas de frutas tropicais.

A Embratur considera a representação brasileira no festival da ONU como uma ótima oportunidade de atrair turistas e novos investimentos para o País. “A grande idéia é criar uma imagem do Brasil que vá além de Sol e praia. O fato de a ONU congregar uma comunidade de formadores de opinião em todo o mundo é muito oportuno”, destaca Artur Araújo, diretor de marketing da Embratur.

Aqui, o Brasil Sabor, iniciativa da Abrasel e do Ministério do Turismo, com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), terminou dia 23 de abril, em 1.057 restaurantes brasileiros de 70 cidades, com a previsão de venda de 150 mil pratos. Foi considerado o maior festival gastronômico do mundo.



PERFIL DOS CHEFS

Alice Mesquita de Castro

Em 1994 abriu um pequeno bufê, Le Bon Repas, com atendimento personalizado, diretamente na casa do cliente e em julho de 1996, o Restaurante Alice, especializado em cozinha regional francesa e brasileira. Anualmente, visita restaurantes no exterior para intercâmbio de informações e reciclagem. Mantém contato regular com chefs de cozinha da França, Espanha e Portugal.

Possui cerca de 400 livros de culinária de todo o mundo. Procura sempre estar atualizada via literatura, sites na Internet e revistas especializadas. Em 2001 foi convidada a fazer parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança onde tem participação ativa em congressos e festivais realizados anualmente. Recebe desde 2001 a estrela do Guia Quatro Rodas de Boa Cozinha. Seu restaurante foi considerado o Melhor da Cidade em 2003, 2004 e 2005 pelo júri da Revista Veja Brasília.


Fábio Rezende Sicília

O chef Fábio Sicília é formado pela Italian Culinary Institute for Foreigners e pela Accademia Italiana della Cucina, ambos com sede na Itália. Dono do restaurante Dom Giuseppe, eleito pela Veja o Melhor da Cidade de Belém do Pará, foi também considerado a melhor mesa de Belém, o melhor italiano e o dono da melhor carta de vinhos, segundo o júri.

A premiação é resultado da combinação de alguns ingredientes raros de encontrar em um mesmo estabelecimento: o constante aprimoramento das técnicas culinárias e um serviço atencioso e competente. É o primeiro presidente da seccional da Abrasel PA, criada este ano, no dia 29 de março.


Aldaci Dadá dos Santos

A cozinheira que começou atendendo no quintal de sua casinha na favela do Alto das Pombas e hoje é um dos logotipos de Salvador, dando seu nome a um pequeno império de quatro restaurantes -- o da favela, mais um no Pelourinho, e o complexo Caranguejo da Dadá/Restaurante da Dadá, à beira-mar, na praia de Patamares. Um de seus segredos é o tempero. Tudo o que sai de sua cozinha é leve e saboroso. O prato que lhe deu notoriedade inicial é a “Mistura da Dadá” ensopado de camarão com mexilhões e abacaxi.

Atualmente, sua mais recente sensação , um bolo de chocolate que está entre o brownie e o brigadeiro, coberto com creme de leite - é considerada a melhor sobremesa da Bahia. Além disso, sua feijoada VIP é a mais disputada no verão baiano. Preferida entre astros como Caetano Veloso e Daniela Mercury, recebeu esse ano 5 mil pessoas num hotel em Salvador.


Ivo Faria da Costa

Ivo Faria da Costa descobriu cedo a vocação para a culinária: aos 14 anos entrou para o curso técnico de cozinha do Senac. Lá, conheceu uma das principais referências de sua carreira: o professor francês Lucien Iltis, que comandou a cozinha do Hotel Copacabana Palace e da Presidência da República no governo de Juscelino Kubtschek.

Hoje ele é dono e chef do italiano Vecchio Sogno, criado em 1995. Tanto que nas nove edições de Veja – O Melhor da Cidade conquistou sete vezes o primeiro lugar no ranking dos dez melhores restaurantes. No último ano recebeu também os títulos de melhor italiano e melhor variado. Ivo, sempre muito criativo, foi também escolhido mais uma vez como chef do ano. Ele foi instrutor do Senac e, na década de 1980, formou-se no Centre International de Glion, na Suíça. O chef está constantemente em contato com grandes chefs no Brasil e no exterior, em busca de novidades para incorporar ao cardápio de seu restaurante.


Fonte: ABRASEL NACIONAL

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