Mundo comemorou o Dia do Turismo

Editoria: Vininha F. Carvalho 28/09/2006

Na quarta-feira (27/9), comemorou-se o Dia Internacional do Turismo, setor lucrativo que representa 10% do PIB brasileiro e que mais gera emprego no País. De acordo com o Ministério do Turismo, o setor é responsável por cerca de 300 mil empregos diretos e indiretos. A cadeia produtiva do turismo engloba inúmeros serviços. Hospedagem, alimentação, artesanato, transporte e entretenimento são alguns dos ramos que se beneficiam do movimento trazido pelo turismo, e muitas vezes são preparados para operar exclusivamente em função desse segmento.

Há alguns anos, o turismo no Brasil era conhecido exclusivamente pelas suas exuberantes praias. Hoje, esse quadro mudou. O turismo expandiu-se dentro de vários outros segmentos, como turismo de aventura, rural, ecoturismo, gastronômico, cultural, histórico, diversificando a oferta ao visitante. O Sebrae, antenado a essas novas tendências, desenvolve cerca de 108 projetos espalhados por todo País, trabalhando esses novos nichos entre os empresários de pequenas empresas.

"Como membros do Conselho Nacional de Turismo, desenvolvemos ações de acordo com as metas estabelecidas pelo governo federal. Por exemplo, foi por meio de uma pesquisa realizada pela Embratur que descobrimos as novas segmentações do turismo e passamos a explorá-las junto aos empresários", explica o gerente de Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, Vinícius Lages.

Existem também os trabalhos realizados em parceria entre Ministério do Turismo, por meio da Embratur, Sebrae, Senac, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Associação Brasileira de da Indústria de Hotéis (Abih), entre outros. São instituições que se unem para criar formas de capacitar os empresários e diversificar as opções turísticas.

A exemplo disso, são realizadas missões técnicas formadas por empresários e técnicos dos diversos parceiros para conhecer boas práticas no turismo nacional e internacional, como os Projetos Vivências Brasil: Aprendendo com o Turismo Nacional e o Excelência em Turismo, voltado para experiências no exterior. Por meio desses projetos, profissionais do segmento conhecem destinos que se destacam pela boa atuação em temas específicos do turismo, como sol e praia ou ecoturismo e aventura. A idéia é que os visitantes observem as boas práticas para aplicá-las posteriormente em seus negócios e multiplicá-las no País.

O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, explica que dentro das carteiras de projetos existentes na Instituição, a de turismo é vista como projeto prioritário.

"O turismo é o setor de maior potencial de renda descentralizado do País. São mais de 100 projetos desenvolvidos, onde são trabalhados a capacitação empresarial, melhoramento do serviço, ou seja, trabalhamos junto com os estados e os parceiros nacionais esse amplo conjunto que forma a cadeia produtiva do turismo", explica. O diretor do Sebrae informa que 90% dos estabelecimentos que trabalham com o turismo são pequenas empresas.


Meios de hospedagem

Entre esses trabalhos desenvolvidos em parceria está a pesquisa Meios de Hospedagem: Estrutura de Consumo e Impactos na Economia encomendada, no ano passado, pelo Sebrae, Ministério do Turismo e Embratur, à Fundação de Estudos Econômicos (Fipe). A pesquisa analisou a dimensão e a estrutura econômica das atividades de hospedagem do País e avaliou suas inter-relações na estrutura produtiva da economia e sua importância no processo de geração de renda e emprego.

O estudo revelou que, os meios de hospedagem têm tido um papel de destaque na geração de empregos, com cerca de 300 mil postos de trabalho ofertados pelos diversos atores desta cadeia produtiva. E aparecem também como grandes consumidores de bens industriais. São milhares de televisores, aparelhos elétricos e eletrônicos, roupas de cama e banho e tantos outros itens, que movimentam a economia dos estados e dos municípios, o coloca esses meios como potenciais instrumentos de distribuição de renda regional.

Se comparado com outros setores, o custo da geração de emprego na hotelaria é um dos mais baixos da economia brasileira, R$ 16 mil. O segmento da construção civil ou o de têxtil, requer quase o dobro para gerar emprego, R$ 28 mil. O setor da siderurgia é outro exemplo, apresentando um custo quatro vezes maior, R$ 68 mil.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias