O turismo potiguar oferece o ar mais puro das Américas e paisagens paradisíacas

Editoria: Vininha F. Carvalho 11/09/2007

O Rio Grande do Norte está realizando grandes investimentos no turismo para tornar o Estado ainda mais agradável para seus visitantes. Por meio da Agenda do Crescimento, programa estadual de caráter desenvolvimentista, serão aplicados quase R$ 5 bilhões em áreas como hotelaria, malha viária, aeroportos, saneamento e qualificação de pessoal. Entre os dias 10 e 12 de setembro, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a governadora Wilma de Faria vai mostrar a empresários de todo o País o que vai mudar e melhorar na atividade mais importante desse ensolarado pedaço do Nordeste.

Entre as obras executadas pelo Governo do Estado que irão incentivar ainda mais a atividade turística está a Ponte Newton Navarro, sob o rio Potengi, que vai unir a zona Norte ao centro da cidade, beneficiando cerca de 16 municípios daquele litoral.

Com 1.780 metros de dimensão e uma altura de 110 metros, equivalente a um prédio de 25 andares, a ponte do tipo estaiada deverá receber um fluxo de 15 mil veículos por dia. Só esse investimento já atraiu mais de 100 novos projetos turísticos, entre hotéis, resorts e restaurantes, que estão sendo construídos no litoral ao norte de Natal.

O governo também investiu R$ 10 milhões para ampliar e reformar o Centro de Convenções de Natal, criando condições para que o local abrigue grandes eventos, impulsionando o turismo de negócios.

Todo esse esforço para atrair mais visitantes é justificável. Afinal, o Rio Grande do Norte tem inúmeros atrativos naturais, como seu belo litoral de 400 quilômetros de praias, excelentes restaurantes, e uma hospitalidade elogiada por todos que o visitam. Por isso é um dos estados mais procurados por turistas do Brasil e do exterior. Além disso tem uma posição geográfica privilegiada: está a apenas 6h30 da Europa.

Do ponto de vista econômico e de infra-estrutura o Rio Grande do Norte apresenta números vistosos na área turística. Como destino internacional, o Estado recebeu mais de 1,4 mil vôos fretados no ano passado, especialmente de Portugal, Espanha,Itália, Holanda e Inglaterra e, segundo a Secretaria de Turismo, 2.186.880 visitantes desembarcaram no Aeroporto Augusto Severo.

Hoje, quase 100 hotéis e resorts estão em fase de implantação, com investimentos estrangeiros de US$ 2,5 bilhões, e que devem criar 15 novos mil leitos. Sem contar que muitos estrangeiros escolheram o Estado como sua segunda residência e devem construir mais de 15 mil casas no litoral norte-riograndense.


Ar puro:

Com o ar mais puro das Américas, paisagens paradisíacas, a capital do Estado, Natal, possui ainda o segundo maior parque florestal urbano do País e sua orla marítima tem quatro praias: Areia Preta, Praia dos Artistas, do Meio e do Forte, e todas podem ser apreciadas do alto da Ladeira do Sol. Tem também as praias de Ponta Negra e da Redinha.

Na praia do Forte fica localizada a Fortaleza dos Reis Magos, principal monumento histórico-cultural, e na concorrida Ponta Negra, principal ponto de agitação noturna da capital, encontra-se o Morro do Careca que tanto atrai os visitantes. A Redinha, com seu tradicional mercado, completa o circuito das praias de Natal.

Mas Natal não atrai apenas pelas belezas de suas praias, o Parque das Dunas, o segundo maior parque urbano do país, é um programa que vem sendo progressivamente adotado pelos turistas. Nele há duas trilhas, pista para caminhadas e várias alternativas de lazer para crianças e adultos.


Atrações:

O Estado tem muitas atrações para os turistas, como suas dunas, falésias, piscinas naturais, serras, sítios arqueológicos, locais para eco-turismo, águas cristalinas em todas as praias, além de um rico folclore e bons restaurantes. Alguns lugares imperdíveis:


Dunas de Genipabu:

Com sol o ano inteiro e uma paisagem fantástica, o turista pode desfrutar ali de passeios de bugues ou um exótico passeio em dromedários nas dunas móveis e fixas. O lugar é cheio de lagoas e possui uma exuberante Mata Atlântica.


Praias:

O mar do Rio Grande do Norte tem águas cristalinas, calmas, mornas e verdes. A areia da praia é fina e branca. A paisagem é enfeitada por coqueirais e jangadas. Algumas das praias são desertas, como São Miguel do Gostoso, Ponta do Mel, Zumbi e Peroba, que oferecem tranqüilidade e uma beleza selvagem ao local; outras são agitadas: como Pipa, Ponta Negra, Genipabu e Pirangi do Norte. Nesses locais há uma vida noturna que reúne gente de todo o mundo e excelentes restaurantes e boates.


Cajueiro de Pirangi:

Localizado na praia de Pirangi, o cajueiro é considerado pelo Guiness Book o maior do mundo, com sua copa medindo mais de oito mil metros quadrados. Produz cerca de 70 a 80 mil frutos por ano, encantando os visitantes por sua beleza e exuberância.

Piscinas Naturais de Pirangi:

No verão, há verdadeiros “engarrafamentos” de lanchas, de tanta beleza que o lugar oferece. Rodeada de recifes de corais, com águas cristalinas e pequenos peixes.


Piscinas naturais de Maracajaú:

Situadas a 7 km da praia, são cercadas por cardumes de pequenos peixes, lagostas, camarões e várias espécies marítimas. Propiciam banhos e mergulhos em alto-mar, nas suas águas mornas e cristalinas. A atividade é realizada no período de baixa-mar, quando a profundidade na área chega a um metro e meio.


Reserva Florestal da Mata Estrela: considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, ali respira-se um ar puro, a luz do sol que chega entre as sombras das árvores e de um sonoro canto de pássaro na Mata Estrela. Uma parte dela é também citada pelo IBAMA como Reserva Particular do Patrimônio Natural.


Parque das Dunas:

Considerado o “pulmão” de Natal, está localizado em plena área urbana da cidade. As formações estão fixadas por vegetação e apresentam solo arenoso quartzoso de granulação fina, não consolidado e com baixa fertilidade. Quanto aos aspectos florísticos, o Parque Estadual é caracterizado por Mata Costeira ou Floresta Atlântica e Tabuleiro Litorâneo, tendo como principais representantes o Pau-Brasil, Maçaranduba, Pau-dArco-Roxo, Peroba, Sucupira, Bromeliáceas, Orquídeas e Aráceas.


Serras:

As principais do Estado são as de Martins, Patu e Portalegre. Todas com paisagem selvagem e preservada e trilhas que rasgam montanhas e revelam paisagens únicas. São lugares ideais para o turismo de aventura.

Falésias:

Nas falésias - tipo de costa em que o relevo apresenta escarpamentos - o visitante pode apreciar, como na Barra de Tabatinga, o balé dos golfinhos e um exuberante pôr-do-sol.

Lagoas:

Completam o conjunto das belezas do cenário natural do Estado. São as lagoas de Pitangui, Jacumã e Arituba as mais procuradas pelos turistas, onde oferecem diversões como o “aerobunda” e o “esquibunda”, mini-teleféricos que partem do alto das dunas em direção à lagoa. No final, depois da emoção, a queda para um banho de água doce é tão inevitável como inesquecível.


Sítios Arqueológicos:

No Rio Grande do Norte foram descobertos enterramentos humanos de 10 mil anos nas regiões do Seridó, Meio Oeste e Alto Oeste potiguar. Essas datas indicam-nos que esses homens pré-históricos conheceram mamíferos de grande tamanho, hoje extintos, que viveram no interior do Nordeste nas mesmas épocas.

O tigre dente-de-sabre (Smilodon populator), o mastodonte, parecido com o elefante (Haplomastodon waringi), várias espécies de paleolamas, preguiças e tatus gigantes, somente desapareceram por volta de 10 mil anos.

No sertão do Nordeste do Brasil, desenvolveu-se uma arte rupestre pré-histórica das mais ricas e expressivas do mundo, demonstrando a capacidade de adaptação de numerosos grupos humanos que povoaram a região desde épocas que remontam ao pleistoceno final. Os mitos e cerimoniais representados significam o imaginário das mais profundas e antigas raízes nordestinas.



Pólos de Ecoturismo:

Pólo Litoral Sul – Sibaúma, Pipa, Tibau do Sul, Nísia Floresta. Acesso por estrada asfaltada (BR-101), distando em média 80 km de Natal.


Folclore:

O Folclore do Rio Grande do Norte, bastante rico, conta com vários Autos e Manifestações Populares. As velhas danças do povo, no Rio Grande do Norte, podem ser classificadas em dois grupos. O primeiro e mais importante deles é o dos autos populares, misto de dança e espetáculo teatral em que há um fulcro dramático central que caracteriza cada um deles. O segundo grupo é composto por danças folclóricas de uma forma em geral:

Boi de Reis:

É o tradicional Bumba Boi. Joaquim Augusto da Silva, conhecido como Joaquim Basileu, é o Mestre, Amo do Boi de Reis de Natal. Natural de Monte Alegre, descendente de uma família que sempre brincou "Os Reis". Aos quatorze anos era galante e aos vinte, "Mestre de Reis". A primeira apresentação do ano é realizada diante de uma igreja para que todos os brincantes sejam abençoados por Deus. A seguir, apresentam-se em palanques ou residências, quando são chamados.


Boi Calemba:

Pertence ao ciclo natalino. Folguedo de praia e sertão, com auditórios certos, entusiásticos e fiéis. Não há modelo fixo para o Auto.

Fandango: A grande influência Portuguesa pode ser sentida nos passos das danças e expressões contidas nas Jornadas. O enredo desse evento grita em torno de um navio perdido no mar por 7 anos e um dia, correndo a tripulação perigo de incêndio, calmaria e tempestade.

Congos: Auto de inspiração africana, conta uma luta entre dois soberanos negros: a rainha Ginga e o rei Henrique Cariongo.

Lapinha e Pastoril: A lapinha ou presépio, dança religiosa, existe no Brasil desde o início da colonização. O elenco é formado por mocinhas que entoam jornadas das mais diversas procedências, em louvor ao Messias.

O pastoril, seu primo profano, veio muito depois, no século passado. Cantos, louvações, lôas, entoadas diante do presépio na noite de Natal, aguardando-se a Missa do Galo. O repertório é um misto de cantos religiosos e profanos. Esse Auto simboliza o nascimento de Jesus. Os autos citados eram representados outrora durante as festas do fim do ano e começo do Ano-Novo.

Caboclinhos: De origem indígena, os caboclinhos se apresentam durante o carnaval. Antigamente, seus integrantes fantasiados de índios estilizados representavam a morte e ressurreição do filho do cacique.


Danças:

Araruna: O Araruna, Sociedade de Danças Antigas e Semi-desaparecidas, existe em Natal, desde 1956, e representa um repertório coreográfico de danças folclóricas ou folclorizadas.

Coco, Bambelô, Maneiro-Pau: São danças de roda em que não há qualquer enredo dramatizado, das quais o publico pode participar, já que não é exigida uma indumentária padronizada, ao contrário dos autos. O coco-de-roda e o coco de zambê, o bambelô, ainda hoje existe em algumas praias. O maneiro-pau é característico da região serrana do alto oeste do Rio Grande do Norte.

Bandeirinhas e Capelinha-de-Melão: Danças características do ciclo junino. As pastoras cantam jornadas em louvor a São João Batista.

Espontão: Dança característica da festa dos negros, na região do Seridó, durante a coroação de reis e rainhas, na Festa de Nossa Senhora do Rosário, em Caicó, Parelhas e Jardim do Seridó. É privativa dos homens e se assemelha a um bailado guerreiro.

Bambelô: Samba, côco de roda, danças em círculo cantadas e acompanhadas de instrumentos de percussão (batuque), fazendo os bailarinos, no máximo de 02, figurarem no centro da roda.


Artesanato

Cerâmica: É a argila modelada e aquecida a ponto de manter a forma definitiva desejada. São mais empregados o massapé (preto), tauá (amarelo) e o caulim (branco). Para artigos ornamentais, é necessário a complementação com acessórios feitos a mão, como a pintura dos vasos. São Gonçalo do Amarante é o município que concentra a maior produção. Também se encontra em Ceará-Mirim, Florânia e São Tomé.

Cestarias e Trançados: As palhas são, através de cortes, postas a secar e trançadas segundo técnicas variadas, de acordo com o formato desejado e a matéria-prima utilizada. Encontrados em quase todos os municípios do Estado.

Couro: Pode ser de origem caprina ou bovina. São empregadas matérias-primas complementares à fabricação do produto. Natal, Caicó e Taipu são os pólos de produção desse tipo de artesanato.

Madeira: São peças esculpidas formando utilitários diversos, santarias ou imaginários. Destacam-se Taipu e Macaíba.

Pedras: As peças podem ser lapidadas ou esculpidas, formando adornos diversos. A maior produção se encontra no município de Currais Novos.

Rendas e Bordados: Renda é a obra na qual o fio, conduzido por uma agulha, ou vários fios conduzidos por meios de bilros, geram um tecido e produz combinações de linhas análogas às que o desenhista obtém com o lápis. Diferencia-se do bordado pelo fato de que a decoração é parte integrante do tecido, em lugar de ser aplicada em um tecido preexistente. Caicó é o mais tradicional pólo produtor de rendas e bordados.

Tecelagem:As peças são feitas em teares movidos a pedal e a rede é o produto mais conhecido nessa atividade. Os teares são utilizados especialmente em Acari, Jardim do Seridó, Florânia, Arez, Ipanguaçu, São Paulo do Potengi e São Tomé.





Fonte: Oficina de Conteúdo