Projeto da FEI propõe tornar a água do mar potável

Editoria: Vininha F. Carvalho 09/06/2008

Preocupados com a escassez da água, já que uma pouca porcentagem de água do planeta é apropriada para o consumo, e de olho no uso racional, alunos do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) desenvolveram um equipamento para tornar a água do mar apropriada para o consumo.

Denominado de SPA (Sistema de Purificação da Água), o projeto é um dos dois trabalhos que serão apresentados durante a XXII Expo MecPlena - Exposição dos Projetos de Formatura do Curso de Engenharia Mecânica, que acontece no dia 12 de junho, a partir das 18h30, no Ginásio de Esportes do campus SBC.

O equipamento fará todo o processo de dessalinização da água do mar e tem o objetivo de substituir ou complementar o abastecimento de água em regiões litorâneas, como hotéis, condomínios residenciais e pousadas. Após ser retirada do mar, a água passa por um processo de pré-filtração para a remoção de resíduos mais concentrados.

“Após todo processo, a água está apropriada para consumo, pois possui a concentração de sal recomendada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que é de 0,25 gramas de sal por litro”, explica o formando Márcio Leopoldi Junior, 22 anos.

Segundo Leopoldi Junior, a equipe optou pelo processo de dessalinização pelo fato de 97% da água do planeta estar localizada no mar. “O equipamento possui 3 m de comprimento e capacidade para produzir 20 m³ de água por dia”, afirma Leopoldi Junior. O custo estimado é de R$ 55 mil.

Materiais compósitos:

Outro projeto em exposição é uma máquina para o processo de pultrusão, método para a fabricação de perfis pultrudados. O processo consiste em puxar a matéria-prima por um sistema de impregnação de resina. O material é pré-conformado e em um molde pré-aquecido. “Este trabalho visa desenvolver a engenharia básica de uma máquina de pultrusão para, por exemplo, a confecção de perfis para bases estruturais de torres de resfriamento”, afirma o aluno Daniel Pugliese, 24 anos.

Entre as principais vantagens do processo estão a alta resistência à corrosão, o alto limite de resistência e baixa densidade. O equipamento desenvolvido pelos alunos da FEI possui 31 m e precisa ficar alocado em uma área de aproximadamente 372 m². O custo do equipamento gira em torno de R$ 300 mil.

“O principal objetivo desses trabalhos é simular o desenvolvimento de projetos e identificar todas as nuances que o futuro profissional terá no mercado, seja na solução de problemas técnicos ou de relacionamento”, afirma o professor e coordenador da Expo MecPlena, Arthur Tamasauskas.

Fonte: Companhia de Imprensa