Etnodesenvolvimento com o ecoturismo indígena em Rondônia : uma proposta de empresa tribal

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/03/2008

Este artigo é oferecido sob a forma de proposta de intervenção, com a finalidade de contribuir para a reflexão sobre a atividade ecoturística a ser explorada pelo povo Paiter Surui de Rondônia, na Amazônia Ocidental Brasileira.

O objetivo desta matéria científica junto ao leitor da Revista Ecotour é apontar que a Empresa Familar tribal poderá funcionar mediante determinadas condições e então oferecer qualidade de vida e etnodesenvolvimento para as populações indígenas.

Paradigmas poderão surgir a partir de intervenções desta natureza, sendo o meio ambiente, a cultura tradicional dos povos clânicos e o interesse do visitante os principais elementos para a construção de um cenário multidisciplinar.

Desta forma o Curso de Doutorado em Gestão de Empresas da Universidad Autónoma de Asunción estará contribuindo para a elaboração de políticas públicas de integração e desenvolvimento regionalizado, envolvendo os povos indígenas do Brasil, enquanto aponta inovações para o lazer e entretenimento com cultura.

O procedimento adotado é o das Ciências Sociais Aplicadas, de natureza qualitativa, fenomenológica e construtivista, propondo o método do Estudo de Caso para alcançar os resultados. Conclui interpretando a carência de produtos como este e reforçando o significado dos benefícios substantivos que advirão como efeito do proposto nesta tarefa.

1. Introdução e apresentação.

A Universidad Autónoma de Asunción possui no seu Curso de Doutorado em Gestão de Empresas a Linha de Pesquisa sobre Empresas Familiares, na qual poderá ser incluída uma investigação científica relacionada com uma atividade vinculada a Gestão do Ecoturismo.

A questão da relação ambiental, como a de ecoturismo proposta, tem sido tema de diversos estudos e pesquisas do gênero. Mas uma preocupação defrontada no momento seria a relacionada ao homem com o meio ambiente e a sua qualidade de vida. Propõe-se assim uma pesquisa focalizando um clã silvícola, no caso o povo Paiter Surui, estabelecido no Município de Cacoal, Região Central do Estado de Rondônia, na Amazônia Ocidental Brasileira, a quem denominaremos “Senhores da Natureza” nesta proposta investigativa.

Este trabalho apresenta, após esta introdução, uma problematização com o indicativo de tema a ser abordado, os objetivos propostos e a formulação de perguntas; em seguida traz uma justificativa para esta reflexão; a partir de então oferece um marco teórico envolvendo ali o contexto histórico, conceitos-chave e suplementares; aponta alguns paradigmas fundamentais, trata da metodologia e técnica possíveis para uma intervenção desta natureza, indicando hipóteses a serem focalizadas; indica um cronograma e uma fonte orçamentária possível para o trabalho de intervenção; conclui sobre os resultados pretendidos e aponta as referências bibliográficas de sustentação.

2. Problematização

Segundo Gil (1994), um problema é uma questão que se encontra sem solução e que se torna objeto de discussão em uma área científica. A questão da inclusão de povos clânicos na gestão do negócio eco-turístico deverá ser objeto de discussão no campo das Ciências Sociais Aplicadas. Para Kerlinger (1980, p. 35), um problema mostra uma situação pendente de discussão, investigação, decisão ou solução. É como se pretende tornar substantivo com esta proposição, conhecendo a estrutura da realidade concreta para, seguindo pesquisa na relação da gestão sustentável, trazer uma discussão pendente de tratamento que é a inclusão do índio estabelecido na Amazônia Ocidental ao etnodesenvolvimento no Brasil.

Descritos na legislação como elemento incapaz ou relativamente capaz, a depender do grau de integração, o elemento índio sofre no Brasil as conseqüências de uma falta de política pública voltada para a sua inclusão na civilização, sem que com isso venha perder os seus atributos essenciais. O Estado brasileiro não possui condições econômicas suficientes para sustentar os povos clânicos.

Embora a Funai - Fundação Nacional do Índio, venha se esforçando para atender a uma série de itens das necessidades dos tribais, estes se encontram de fato em extrema pobreza; está registrado caso de doenças entre idosos e crianças, falta de alimento na floresta castigada por queimadas e pelo desflorestamento irresponsável que extingue os animais que serviriam de alimentos para estes indivíduos.

Diversas tribos estão em extinção, como é o caso do Clã Akuntsu, também estabelecido no Estado de Rondônia, que conta hoje com apenas cinco integrantes. Agentes químicos da atividade agroindustrial estabelecida no entorno de Reservas Indígenas vêm reduzindo cada vez mais os produtos da pesca esperada pelos silvícolas.

Algumas tribos se dão à atividade de exploração madeireira associadas a empresários inescrupulosos, que os enganam para roubar-lhe o produto e praticar delitos ambientais, dentre outros. Existem clãs que exploram minérios como o diamante, abundante na Reserva da Tribo Cinta Larga igualmente situada no Estado de Rondônia, mas o faz á revelia do Poder Público Federal, sem registro adequado, porquanto são inaptos para tal atividade.

Outras vezes alguns tribais ingênuos se associam a mineradores inescrupulosos na pratica do derrame, resultando em episódios sórdidos de assassinato de garimpeiros e de indígenas, sendo possível que o crime organizado esteja no entorno desta empreitada ilícita.

A Tribo Paiter Surui a ser focalizada nesta proposta de pesquisa vem sobrevivendo de cestas básicas doadas pela Fundação do Índio, através da sua Diretoria Regional sediada na Cidade de Cacoal, e por donativos repassados por Organizações Não-Governamentais de assistência a desvalidos, muitas das quais sediadas no exterior; necessário investigar as reais intenções destes organismos estrangeiros entre os indígenas brasileiros.

A gravidade da condição dos índios no Brasil pode assim variar desde a humilhação da tutela propositada do Estado que não possui condições econômicas para sustentá-los até o suicídio que se noticiam entre jovens indígenas brasileiros.

O silvícola do Brasil encontra-se subjugado pelo Estatuto do Índio, mas também está vinculado ao meio ambiente, pois sendo ele um humano selvagem, lhe foi estabelecido um espaço delimitado que a legislação denomina de Reserva Indígena; é desta área que a maioria das famílias indígenas extrairia os elementos essenciais para a sua subsistência: a caça, a pesca e a coleta de frutos e raízes silvestres.

Observação primária para admissão de uma proposta de pesquisa aponta que o Povo Paiter Surui dispõe muito mais que o espaço geográfico, como a Reserva 7 de Setembro e tudo que está ao redor.

Este clã possui uma substancial riqueza ambiental a ser gerenciada e ele poderia o fazer através da sustentabilidade induzida, atividade esta que não vem se desenvolvendo nos dias atuais por falta de orientação técnica e método apropriado. E a primeira pergunta que se formula nesta proposta é: como poderia o clã investigado efetuar a gestão do negócio eco-turístico na sua Reserva demarcada?

2.1 Tema

O povo Paiter Surui recebeu do Governo Federal o título de demarcação de suas terras, assim descrita como uma ampla área mapeada onde se encontra um potencial em capacidade de ecoturismo. Nesta geografia está uma floresta de beleza ímpar, vários rios e riachos, cachoeiras, vales, trilhas dentro de uma área que poderia estar intocada, diversos animais e plantas silvestres em uma biologia substancial.

Os atributos naturais ensejariam a visitação para atividade científica e cultural, bem como para o lazer e entretenimento. Soma-se a esta expectativa a própria cultura Paiter Surui a ser preservada, e outros atributos artificiais a serem todos levantados.

Por outro lado não se tem informação quanto às reais condições em que poderiam o referido Clã gerenciar tal patrimônio. O tema Senhores da Natureza é assim diluído nesta proposição como forma de caracterizar o estado da arte e oferecer a temática exigida por uma linha de pesquisa na Universidad Autónoma de Asunción. O título desta investigação será Empresa Familiar clânica: um estudo de caso de etnodesenvolvimento através do ecoturismo indígena em Rondônia.

2.2 Objetivos Propostos

Pela exposição acima é que se propõe um trabalho com a comunidade indígena Paiter Surui, estabelecida Região de Cacoal, no Estado de Rondônia, para a gestão sustentável e auto-suficiência econômica, apontando um objetivo geral e quatro objetivos específicos.

2.2.1 Objetivo Geral: Estudar os meios de capacitação dos Senhores da Natureza para a Gestão e exploração da atividade eco-turística no seu território.

2.2.2 Objetivos específicos:

· Avaliar o nível de aceitabilidade dos povos indígenas para a atividade eco-turística, de modo a subsidiar políticas públicas de turismo ecológico.

· Construir um cenário a partir dos elementos teóricos e conceituais de forma a implementar um Negócio Eco-turístico para a gestão através de um povo clânico.

· Inventariar os produtos e atrativos ecoturísticos existentes na Reserva do Povo Paiter Surui.

· Estudar a forma ideal para capacitar o indivíduo indígena para a gestão administrativa.

2.3 Perguntas formuladas aqui.

2.3.1 Como se descreve as reais condições das lideranças Paiter Surui para desenvolver habilidades eco-turística na sua Reserva?

2.3.2 Que Cenário permitiria uma atividade de gestão de negócio eco-turístico na Reserva do Paiter Surui?

2.3.3 Quais seriam os produtos ou atrativos a serem oferecidos aos visitantes turistas ou não que chegarem à Reserva do Paiter Surui?

2.3.4 Como se descreve as técnicas e métodos de capacitação gerencial para a Gestão Administrativa entre as lideranças Paiter Surui?

3. Justificativa.

Se por um lado uma iniciativa pela gestão própria permite a capacitação, por outro a sociedade global busca elementos inovadores para o lazer e entretenimento; este projeto adota a visão integracionista. O encontro com a natureza intocada representaria um atrativo essencial para atender demanda turística e de hospitalidade. E os Senhores da Natureza são verdadeiramente os especialistas da selva, principalmente na venda de imagem do belo e lúdico que encantam um visitante. Aqui a sociedade hodierna re-aprenderão sobre o valor da íntima relação com o Ser Ambiental, expressa historicamente em registros como o a seguir:

“E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro”. (Trecho de uma Carta enviada por um líder do Clã Pele Vermelha a um Presidente americano).

Embora a percepção inserida acima seja pela relação com a natureza, o trecho aponta um clamor histórico por uma integração do homem com o meio ambiente, propício para o aprendizado de troca entre a civilização moderna e as comunidades tradicionais indígenas, na forma proposta nesta tarefa. Com este arrazoado é que se justifica um trabalho no gênero, buscando com os objetivos apontados acima, prover os meios para subsidiar a reversão de uma situação atual vivenciada pelos povos clânicos brasileiros na direção de benefícios reais e substantivos, com o apoio da Ciência da Gestão de Empresas propiciada pela Universidad Autónoma de Asunción, na República del Paraguay.

4. Marco teórico.

Segundo Boeira (apud Pedro Filho, 2004), a Teoria do Eco-desenvolvimento inclui a visão sistêmica, onde se busca paradigma para a compreensão da complexidade que envolve as suas variáveis. Nesta visão holística, o eco-turismo participativo compatibiliza a força do homem, de sorte que a interdependência das partes complementa o conceito do todo, resultando no desenvolvimento social, econômico e ambiental. No caso das comunidades indígenas estabelecidas em Cacoal e no seu entorno, haveria possibilidade de sistematizar a sua inclusão econômica a partir do preparo desses tribais para a atividade no eco-turismo.
As Atrações Presentes na Natureza em Cooper at al. (2001), englobam o clima, vegetação, florestas, paisagens, animais selvagens e outros afins a serem apresentados pelos índios residentes ao visitante na selva da Amazônia Ocidental. As Atrações de Natureza Artificial são produtos da história e cultura popular, relacionando aqui o artesanato e outros produtos tribais. Middleton (2002) estabelece que os produtos ecoturísticos, por estarem presentes na natureza, terão os seus compostos associados à qualidade ambiental. Por esta razão é que programas de capacitação para atividades em espaços naturais devem vir associados à educação ambiental do visitante.
Pedro Filho (2004) afirma que em países que primam pela conservação dos atrativos naturais, a corrida exploratória aos sítios intocados encontra limite na legislação e no planejamento do uso da terra, conforme Cooper et al. (2001); este registro remete a princípios conservacionistas e preservacionistas para a transformação de bens naturais em produtos ecoturísticos, sem afrontar a norma reguladora.

4.1 Contexto histórico.

O povo Massai estabelecido na África vem provocando uma inovação essencial no conceito de turismo ecológico. Recebe visitante em atividades científicas e de turismo na sua terra demarcada – o Parque Nacional do Quênia. Ali o interessado deixa a remuneração que as lideranças tribais treinadas utilizam para manter o meio ambiente rigorosamente conservado, oferecer subsistência integral aos componentes clânicos, e sustentar uma ação gerencial de qualidade sem adulterar a sua cultura originária. Esta atividade econômica Massai vem sendo compreendida a partir de autores consagrados como Goeldner et al. (2002); para estes é o Turismo a soma dos fenômenos e relações oriundas da interação de turistas, empresas, governos locais e comunidades anfitriãs. Segundo eles, turismo é um composto de atividades e setores que proporcionam viagem, incluindo empresas de transporte, hospedagem, alimentação, compras, entretenimento e outros serviços de hospitalidade, exatamente como se configura nos dias atuais entre estes referidos silvícolas africanos.

Turismo, como o eco-turismo a ser evidenciado, é também a soma das despesas do visitante dentro das fronteiras de um país ou local, considerando o conceito econômico.

A Embratur (2003), não difere no conceito goeldneriano ao aplicar uma visão estritamente mercantilista do Turismo. Para este organismo, o Turismo é um conjunto de transações, como a compra e venda de bens e serviços ao visitante. A similitude desce aqui como se presume, como a venda de artesanatos pelo clã Paiter Surui, atividades de lazer e entretenimento como as que podem eles oferecer ao visitante de forma remunerada, e outras atividades em convênio de parceria a ser pago por centros de pesquisa e organismos interessados no eixo da Antropologia, Meio Ambiente, Turismo e outras ciências.

4.2 Conceitos-Chave

A presente proposição traz premissas consideradas fundamentais para a consolidação do marco teórico e o conceito chave deve ser o de Ecodesenvolvimento. Segundo Tayra (2002), o conceito de eco-desenvolvimento fora lançado pelo canadense Maurice Strong, em 1972; concebe que o desenvolvimento e o meio ambiente estão indissoluvelmente vinculados; devem ser tratados mediante a dinâmica do conteúdo, das modalidades e da utilização do crescimento.

Concebe também três critérios fundamentais a serem obedecidos simultaneamente: equidade social, prudência ecológica e eficiência econômica. Outros conceitos serão trazidos através da interpretação do etnodesenvolvimento a ser perseguido de forma substantiva nesta proposta.

4.2.1 Conceitos Suplementares sobre Eco-turismo e sua Relação
Agregados conceituais serão ingressados no presente estudo, suplementando o que se refere especificamente ao ecoturismo. Sendo esta uma área diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável, cabem referências a estudiosos comprometidos com o turismo e meio ambiente, como manda a boa ética.
Arrazoados de estudiosos na área de negócio eco-turístico serão trazidos a este contexto.

Merece registro o conceito de Srour (apud Ruschmann,1997), quando se refere à forma de ocupação das riquezas e comenta sobre a responsabilidade social, afirmando a necessidade de parceria entre os agentes produtivos e os residentes.

Invoca a conservação não predatória; mostra também a necessidade de participação de todos nas decisões do planejamento, induzindo aos primeiros ensaios sobre a instauração do processo decisório coletivo.

Para Alencastro (apud Lemos, 2001), é possível a construção de métodos de intervenção planejada. Para ele, os que somente se preocupam com o lucro, geralmente tendem a ter menos consciência do grupo; ficam fascinados com a preocupação monetária e, portanto, pouco importa para eles o que ocorre com a comunidade e muito menos com a sociedade.

Oferece posicionamento relevante para intervenção, implantação de estrutura e estratégia de ajuste entre a atividade turística e o Ser Ambiental.

Para o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, o Ser Ambiental pode ser natural ou artificial (Ibama, 2001). O Ser Ambiental natural é o intocado, inexplorado pelo homem e geralmente selvagem; o Ser Ambiental artificial é o construído através dos recursos da engenharia, nas técnicas de urbanismo e dos ajustes arquitetônicos que caracterizam um design metropolitano.

Este é um conceito relativo, pois um indivíduo oriundo do ambiente selvagem poderia qualificar uma metrópole como sendo uma selva de pedras. Aqui desce o conceito do embelezamento do Município de Cacoal para encantar o visitante desde a sua chegada, até a entrada na Reserva 7 de Setembro, do povo Paiter Surui, trafegando por uma estrada temática.

A atuação empresarial é relacionada à qualificação para os núcleos de viagens e de hospitalidade, podendo não representar demanda de “recursos educacionais” ou “qualificação” para estes dois núcleos. Mas Cooper et al. (2001:237) adicionam que a falta de qualificação não redundará maior perda, uma vez que poderá ocorrer rápida adaptação com treinamento na própria empresa que explora o turismo, capacitando os desempregados e os oriundos dos setores de pesca e agricultura, inclusive os índios, como poderá ser conferido a partir desta proposição.

A organização do trade em Cooper et al. (2001:238) é visto através de cadeias de empresas com características de Cluster. Esta providência cria soluções em treinamento de pessoas, segurança nos investimentos e economia em grande escala; tal visão poderá ser conferida no presente estudo, conhecendo os envolvidos no processo de planejamento eco-turístico na Região de Cacoal. Por último, o estudo em Cooper et al. (2001:238) trata do protecionismo necessário para enfrentar crises, como a monetária ocorrida nas décadas 60 e 70 na Malásia, bem como a resultante do terrorismo internacional após os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos da América; baixar aqui o contexto de oportunidade de negócio com a inclusão dos povos indígenas no desenvolvimento regionalizado, e como um Plano B redirecionando a captação de divisas em sítios turísticos exóticos.

4.2.2 Conceitos Envolvendo Produtos Eco-turisticos e dos impactos.
Cooper at al. (2001) trata sobre produtos ou atrativos turísticos com o mesmo sentido e significado, como os propostos nesta tarefa. Eles se referem às Atrações Turísticas por agrupamentos, apontando aquelas “Presentes na Natureza” e as que são “Artificiais”. As Atrações Presentes na Natureza, segundo os citados autores, englobam o clima, vegetação, florestas, paisagens, animais selvagens. As de natureza Artificial são produtos da história e cultura popular, incluindo os parques temáticos e demais centros de entretenimento construídos e oferecidos aos turistas. Remeta-se aqui o embelezamento cênico da histórica Aldeia Lapetânia (dentro da Reserva 7 de Setembro), do povo Paiter Surui, com paisagismo estruturado, reflorestamento, elaboração e implantação de trilhas temáticas internas ligadas à estrada ecológica externa desde Cacoal, até o ponto de chegada para este eco-turismo clânico.
Cooper et al. (2001) apontam características para os Produtos Artificiais, estabelecendo-lhes as de natureza Cultural, como a religião, cultura moderna, arquitetura e sítios arqueológicos; as de natureza Tradicional, como sendo o folclore e a cultura animada; e, finalmente, os Eventos, como as atividades esportivas e as culturais do calendário local.

Esta observação enseja gestão de espaço, que evite a superlotação e, por conseguinte, detenha a degradação nos sítios desses atrativos. Os referidos autores registram a tentativa de estabelecer uma distinção entre “Atrativos Naturais” e “Produtos Artificiais”; justamente aqui, os atrativos e os produtos entram em confluência, a mesma considerada na presente proposta investigativa, na busca de um levantamento patrimonial eco-turístico lançado pela natureza na Reserva Indígena a ser inventariada.

Ao tratar sobre o marketing turístico, Middleton (2002) afirma que o produto turístico é um composto que engloba todas as experiências que o viajante passa, desde o seu deslocamento até o momento do seu retorno. Para este autor, as unidades produtivas de bens e serviços turísticos têm uma visão restritiva sobre os produtos que oferecem ao visitante, excluindo os componentes válidos que influenciam na sua decisão pela compra.

Constata-se que, ao depreender acerca da visão em Middleton (2002), os produtos ecoturísticos, por estarem presentes na natureza, terão os seus compostos associados à qualidade ambiental. Entra aqui um conceito de utilidade, pois conforme apropriação inicial, o patrimônio natural seria um dos principais atrativos na Reserva Indígena focalizada.
Conforme Andrade (1998), produto eco-turístico é um composto de bens e serviços diversificados, relacionados entre si, como os atrativos e equipamentos, serviços e infra-estrutura turística, unindo a expectativa de demanda e oferta, setores primários, secundário e terciário da produção econômica.

Esta inter-relação é também tratada por Egri & Pinfield (1998), que utilizam da abordagem sistêmica para focalizar a produção eco-turística. Para estes, as atividades das organizações são dependentes dos sistemas social, econômico, cultural, político e técnico; esses mesmos sistemas fornecem conhecimento e tecnologia que serão processados, objetivando a provisão de valor para a sociedade usuária de serviços ecoturísticos. Abrem idealizadores multidisciplinares de confluência adaptável na Amazônia Ocidental Brasileira para o sucesso no Desenvolvimento Regionalizado.

5. Paradigmas fundamentais.

Paradigmas vêm sendo oferecidos desde a instituição de modelagens como o Parque Nacional do Quênia, gerenciado pelo povo Massai, aborígine autóctone daquela região. Ali este povo clânico está efetuando receptivo, integrando o homem civilizado ao conhecimento de sua cultura, efetua práticas de lazer associados ao visitante, como atividades de caminhadas, observação de pássaros muito requisitada entre os europeus, esportes como natação, exploração ambiental através de trilhas selvagens, foto-imagem de animais e outros produtos presentes na natureza, práticas de camping muito usual entre os norte-americanos e toda uma série de entretenimento que havia sido sugerida pelos ingleses no supracitado Parque.

Na modelagem brasileira, os Senhores da Natureza já vêm sendo treinados para a atividade de agentes em programa agroflorestal, com tecnologias de manejo em terras indígenas da Comissão Pró-Indio no vizinho Acre. Não resta dúvida que a atividade do turismo ecológico poderia incluir os residentes das florestas em Rondônia, capacitado os mesmos para a Gestão do Negócio Ecoturístico. O povo Paiter Surui, em Rondônia, vem sendo preparado para a atividade de reflorestamento e embelezamento com equipagem do seu espaço natural que poderia ser oferecido a visitante, turista ou não, para o lazer, entretenimento, atividade cultural e científica.

Seria possível a catalogação dos produtos ou atrativo eco-turístico em terras indígenas, oferecendo informação através de fontes adequadas, como forma de divulgação aos usuários turistas para que usufruam regiões exóticas existentes em Cacoal e redondeza.

Além dos benefícios que seriam gerados com a auto-gestão ambiental a ser implementada pelos Senhores da Natureza, com orçamento próprio, decisão compartilhada, contribuição para o progresso turístico na Amazônia Ocidental, dentre outras vantagens competitivas. A atividade cerâmica desenvolvida pelos Índios Terenas em Mato Grosso do Sul, lhes rende remuneração com a venda aos visitantes, manutenção da sua tradição e cultura, e traz referência para outras comunidades indígenas.

Conforme Coriolano (apud Pedro Filho, 2004), a Teoria do Eco-desenvolvimento focaliza estratégias para o desenvolvimento das comunidades em processos produtivos integrados, o que viabilizaria as potencialidades dos povos tribais estabelecidos em determinada região. Um programa de capacitação poderia prover o integracionismo com modelagens avançadas de turismo sustentável.

A iniciativa promoveria a provisão econômica destes silvícolas, através da exploração sustentável das suas potencialidades ambientais com as trilhas ecológicas naturais sobre a sua biodiversidade e a apresentação de seus atributos culturais representadas pelo seu artesanato, música, dança e ritmos.


4. Metodologia e técnicas.

Este item trata dos meios a serem utilizados para a cognição durante o processo de investigação, de modo a validar os procedimentos de pesquisa, através do confronto entre os fatos a serem coletados, a teoria apontada e o seu caráter holístico. Demo (1995:67) refere-se à antimetodologia, que cumpre papel insubstituível “na luta indócil contra a petrificação do método”, tentando acompanhar no tempo a “realidade também indócil”, alegando que “a atividade científica envelhece e torna-se árida”; e ainda cita Feyerabend, quando este diz que “as violações são necessárias para o progresso”.

Nesta pesquisa é recomendada uma metodologia que faça fluir o saber na construção do conhecimento, como as demais propostas desta natureza. Tal interpretação sinalizou a escolha entre dois métodos: o Método da Pesquisa-Ação em Thiollent (1998), ou o Método do Estudo de Caso em Bressan (2000), ambos recomendáveis nas Ciências Sociais Aplicadas.
Thiollent (1998) entende que a metodologia é a disciplina relacionada à epistemologia ou à filosofia da ciência; segundo ele, o seu objetivo consiste em analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar sua capacidade e potencialidade, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. O método da pesquisa-ação considera uma “natureza argumentativa ou deliberativa de procedimentos explicitamente reconhecida”, ao contrário da concepção da pesquisa tradicional, na qual são valorizados critérios lógico-formais e estatísticos.
A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social de base empírica.

É concebida e realizada em estreita associação a uma ação ou resolução de problema coletivo. Aqui, os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo; mas como participar como ator do processo investigativo, se o laboratório do processo se encontra na Reserva Paiter Surui? Por isso é que esta via pareceu incompatível com a corrente doutrinária orientada nas investigações em Administração aplicada ao Turismo, de caráter etnográfico, como no contexto ora esculpido. A própria complexidade do processo investigativo impôs uma estruturação aceitável do método nesta tarefa, de maneira a contemplar exigibilidades da Linha de Pesquisa sobre Empresas Familiares, do Curso de Doutorado em Gestão de Empresas, na Universidad Autónoma de Asunción. Esta seria uma estratégia para alcançar padrões metodológicos geralmente aceitos e critérios científicos que atendessem à abordagem proposta. Sejam consideradas algumas argumentações sobre o Método do Estudo de Caso, posto que parecesse o mais recomendável para uma tarefa envolvendo a gestão eco-turísitica por um clã tradicional brasileiro.
Para Leenders & Erskine (1973), um caso é a descrição de uma situação administrativa, envolvendo geralmente problema ou decisão. É trabalhado sob o ponto de vista do envolvido com tal problema ou decisão, permitindo acompanhar passos e analisar processo.

Neste caso, a capacitação dos Senhores da Natureza para a Gestão e exploração da atividade eco-turística no seu território envolveria a compreensão da sua realidade estrutural, o implemento de métodos e técnicas introdutórias de processos administrativos, a decisão em questões de negócio e o resultado operacional da exploração sustentável de uma atividade. Baseando-se em Bressan (2000), da Fea/Usp, o método do Estudo de Caso na pesquisa social é o mais apropriado para algumas situações em Gestão de Empresa Familiar. Embora exponha o investigador a críticas comuns ao método, oferece significativa oportunidade à Ciência da Administração, uma vez que possibilita estudo de difícil abordagem por outro método qualitativo. É fundamental quando o fenômeno de estudo é complexo ou amplo e não pode ser tratado fora do seu contexto natural, como é presume da situação aqui explicitada, pois o objeto se encontra na Amazônia Ocidental Brasileira enquanto o Centro de Pesquisa é sediado na Capital paraguaia.

Segundo Silva (2001), a Engenharia de Produção está caracterizada como a engenharia de métodos e procedimentos. Ao buscar um método que trate cientificamente sobre o processo de intervenção para o turismo sustentado, a natureza deste trabalho deverá estar enquadrada nas características do Centro de Pesquisa que norteia base para a gestão de negócio eco-turístico pela família tradicional clânica; ao encontrar um procedimento para o tratamento do objeto investigado, reforçam-se substancialmente tal base para a seriedade do estudo, integrando pessoas e recursos para a produtividade dos resultados a serem consignados.
Através de uma abordagem interdisciplinar, a natureza deste trabalho será centrada nas Ciências Sociais Aplicadas em geral, e no particular as Ciências Humanas, com a Ciência da Organização ligando a Administração do Turismo a aspectos sociológicos, econômicos e ambientais. Trazem destas áreas do conhecimento as informações oriundas da revisão da literatura. Portanto, tendo em vista as exigibilidades na Linha de Pesquisa sobre Empresa Familiar, utilizar-se-á de técnicas e procedimentos de natureza qualitativa, na linha exploratório-descritiva, seguindo orientação procedimental da Engenharia de Produção em Silva (2001), para o preparo deste trabalho. As técnicas serão as propostas a seguir, dentre outras.

4.1 Pesquisa Bibliográfica.

Seguindo orientação procedimental em Silva (2001), serão apropriados conceitos, doutrinas, referências e citações capazes de fortalecer as suas afirmações e registros nesta tarefa, através de leitura e pesquisas bibliográficas.

A utilização do Computer & Control Abstract em Silva (2001), através da Biblioteca Universitária da Universidad Autónoma de Asunción. Outras Instituições serão pesquisadas no Estado de Rondônia.

4.2 Seleção de Amostragem.

A seleção da amostragem se fará aleatoriamente se necessário. Casos serão tratados em separadamente e será efetuada a inferência para o eixo da questão de modo a buscar a validação ou não das hipóteses a serem a seguir consideradas. Será considerada a amostra levantada que for compatível com a neutralidade exigida nesta pesquisa. Deverão estar no âmbito da região a ser pesquisada ou guardar relação direta com o objeto a ser investigado conforme os objetivos propostos.

4.2 Enquête e Entrevistas.

Serão efetuadas enquête e entrevistas, seguindo orientação em Rea & Parker (2000), de modo a consubstanciar objetividade para uma linha essencialmente qualitativa de investigação. As entrevistas serão abertas e nos casos que for necessário confronto de informação será reconduzido o processo de tomada de inquirição. Estarão sendo focalizados para entrevistas lideranças indígenas, estudantes oriundos do clã a ser pesquisado, que estejam realizando cursos de biologia, turismo, pedagogia e outros. Não ficarão fora deste quadro de entrevistados os que exercem cursos de segundo grau. Empresários do trade turístico da Região a ser investigada serão ouvidos.

Haverá entrevista orientada por questionário; na aplicação destes questionários serão levados em consideração os fatores críticos de clareza, abrangência e aceitabilidade recomendados em Rea & Parker (2000), de modo a evitar ambigüidades e trazer a necessária suficiência da base investigada.

4.3 Observação Direta.

Serão visitados diversos espaços ecoturísticos naturais e artificiais, para constatação de fatos relacionados direta e indiretamente com o objeto desta pesquisa: os usos e costumes, a cultura predominante, a obra artesanal, o som e o ritmo Paiter Surui e o método da organização do trabalho de apoio ao eco-turismo.

4.4 Levantamentos webliográfico.

Como recomenda Goeldner (2002), serão levantadas informações e colhidos dados eletrônicos, tendo o cuidado de conferir e catalogar devidamente a fonte. Ademais, seguindo orientação procedimental de Silva (2001), serão providenciadas diversas informações via Internet de Acesso Público, utilizando-se para isso o www – Word Wide Web (rede de alcance mundial) para envio e recebimento de mensagens, principalmente entre o pesquisador e o Centro de Pesquisa. O E-mail (eletronic mail) será de significativa utilidade neste trabalho.

O Clacso conveniado com o Centro de Pesquisa será de significativa valia como banco de suporte na pesquisa webliográfica. Será consideravelmente explorado também o e-Libro da Universidad Autónoma de Asunción, com os seus milhares de títulos disponibilizados 24 horas à distância, via Internet, para um acesso através da senha do pesquisador cadastrado no e-Campus da instituição.

4.5 Coleta, Tratamento e Análise dos Dados.

Este estudo será apoiado em uma tipologia de coleta de dados baseada em Silva (2001). Será realizada conferência de documentos arquivados em vários organismos, busca de recortes e publicações de jornais e revistas especializadas, levantamento em relatórios que contenham elementos sobre o assunto pesquisado, bem como a busca de imagens que comprovem fatos. Serão admitidas duas fases no procedimento para a análise dos dados; na primeira fase serão adotados os processos de coleta recomendados conforme acima referido; na fase seguinte os dados serão tratados para alimentar a pesquisa e o relatório deste resultado passará a ser escrito.


5. Hipóteses.

Nesta proposta serão consideradas quatro hipóteses que dará suporte a cada um dos objetivos específicos:

1ª Hipótese – é possível avaliar o nível de aceitabilidade dos povos indígenas para a atividade eco-turística, e políticas públicas de turismo ecológico poderão ser constituídas a partir desta avaliação.

2ª Hipótese - Os elementos teóricos poderão permitir a construção de cenário para implementação de negócio eco-turístico em uma reserva indígena.

3ª Hipótese – Na Reserva Paiter Surui em Rondônia existem atrativos que podem ser inventariados e oferecidos como produto na atividade eco-turística.

4ª Hipótese – A Ciência da Gestão de Empresa poderá subsidiar métodos e técnicas para capacitar o elemento índio objetivando a gestão de uma atividade eco-turística em sua reserva demarcada.

6. Cronograma para uma proposta desta natureza: de Julho a Dezembro de 2008.

7. Orçamento para uma intervenção desta: As despesas serão resolvidas através de doações e parcerias com empresas de turismo regionais, organismos estaduais interessados, possíveis repasse da FUNAI, donativos, bolsas para financiamento a pesquisa e outras fontes.

8. Conclusão.

O resultado deste trabalho poderá gerar mais um paradigma quanto à forma de intervenção no eixo das Ciências Sociais Aplicadas. Possibilitará também o rompimento na petrificação do método para arejar a construção do saber em uma relação sensível – a do homem natural com o meio ambiente. Isso porque é o etnodesenvolvimento uma abordagem relativamente nova no cenário científico, inobstante existam alguns focos de preocupação na academia, principalmente em nível de doutorado, predominando a investigação na Antropologia. Aqui a Administração poderá conceber constructos para inovadores conceitos e técnicas de intervenção.

Raras produções estão disponibilizadas e está evidente a necessidade de fomento a pesquisa da Ciência Gerencial envolvendo os povos tradicionais no cenário desenvolvimentista. Predomina-se o receio do aculturamento indígena, a recusa e a repulsa do contato com o indivíduo tribal, e até medo da aproximação física com ele, por ledo engano dos que preferem atuar junto a sociedades avançadas para investigar nos setores da indústria, serviços e similares. O próprio organismo público da tutela jurisdicional impõe obstáculos inconcebíveis para a liberação de pesquisadores nas Terras Indígenas; não há dúvida de que este receio está centrado na possibilidade de denúncia quanto à miséria em que se encontra o índio brasileiro mantido na redoma do Estatuto, recolhido como um animal selvagem qualquer no cativeiro que denominam de Reserva.

Inobstante o objetivo da tutela seja o protecionismo, é necessário comparar o encurralamento daqueles humanos com a vida livre e saudável que a atividade eco-turística promoveria para esses clânicos. Haveria uma existência proativa de troca, integração, educação ambiental e transferência de suas experiências aos ditos civilizados para que aprendam, enquanto conserva a cultura e o modo de vida destes primeiros.
Portanto, o oferecido aqui poderá ser uma contribuição basilar, pois focalizou um problema e orientou uma via de solução; trouxe a multidisciplinaridade com idealizadores para que, com sua Empresa Familiar Clânica, possa o povo Paiter Surui explorar a atividade eco-turística na sua Reserva demarcada, alcançando o seu próprio etnodesenvolvimento.

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Prof. Ms. Flávio de São Pedro Filho, Doutorando em Gestão de Empresas na UAA e docente na UNIR / Campus de Cacoal. Pesquisador na Área das Ciências Sociais Aplicadas, na Linha de Empresas Familiares.

Prof. Dr. Rolf Hermann Erdmann, Coordenador do Curso de Doutorado em Administração – CSE/UFSC. Pesquisador na Área de Organização da Produção e Turismo do NIEPC/UFSC.

Prof. Ramón Fogel, PhD, Docente do Curso de Doutorado em Gestão de Empresas na UAA. Pesquisador na Área das Ciências Sociais Aplicadas. Consultor da ONU.


Fonte: Flávio de São Pedro Filho, Doutorando em Gestão de Empresas na UAA e docente na UNIR