Editoria: Vininha F. Carvalho 04/09/2008
O Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), em parceria com a Setur (Secretaria de Estado do Turismo), está divulgando um estudo recém-realizado sobre a cadeia produtiva do turismo no Litoral do Paraná. A pesquisa se insere no Plano Plurianual do setor para o período de 2008-2011 do governo do Estado e traz como novidade a implantação de sistemas de monitoramento e avaliação da atividade turística a partir de indicadores.
O estudo visa orientar os agentes públicos e privados que atuam no setor, além de oferecer informações para empreendedores, pesquisadores e outros interessados. A pesquisa já constitui um importante subsídio à formatação de indicadores para a região de Paranaguá e da Ilha do Mel, eleita como um dos 65 destinos indutores pelo MTur.
“Nosso esforço foi compreender a dinâmica da oferta turística na região, bem como analisar o seu nível de competitividade”, informou o coordenador do estudo, Marino Lacay.
A região turística do Litoral no Paraná tem seu pólo econômico em Paranaguá, cuja economia está fortemente vinculada à atividade portuária. Outro carro-chefe está na atividade de hotéis, pousadas e serviços de alimentação localizados em municípios que oferecem sol e praia como Paranaguá, Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná.
Há também um grupo que se sustenta com o desenvolvimento do turismo gastronômico e de patrimônio histórico, situada no eixo de Morretes, Antonina e Paranaguá. De outro lado, duas novas frentes começam a despontar na região, uma ligada ao turismo religioso e outra nas atividades voltadas ao turismo em áreas naturais ou ecoturismo.
A pesquisa constatou que na região predominam os micro e pequenos estabelecimentos turísticos. Apesar da maioria dos funcionários levantados pela pesquisa possuir contratos formais de trabalho, mais da metade das empresas entrevistadas admitiram contratar mão-de-obra temporária. Quanto ao perfil do trabalhador, a maioria possui ensino fundamental completo e predomina a mão-de-obra feminina.
O estudo detectou algumas debilidades do setor turístico na região, entre as quais podem ser apontadas: a lenta apropriação de processos de inovação tecnológica nas áreas de gestão, informação e comunicação, a quase ausência de projetos de investimentos para ampliação e melhorias dos negócios, o pouco uso de linhas de crédito e financiamentos e a baixa qualificação da mão-de-obra.
Foram pesquisadas as oito atividades consideradas pelo MTur como caraterísticas: meios de hospedagem, serviços de alimentação, transporte rodoviário de passageiros e aluguel de automóveis, agências de turismo e as atividades recreativas culturais e desportivas, que compõem atrativos naturais, adaptados, planejados, culturais, históricos e religiosos, esportivos e de lazer, segundo a classificação das atividades econômicas utilizadas pelo IBGE.