Dia Mundial da Água

Editoria: Vininha F. Carvalho 16/03/2015

A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado "Dia Mundial da Água" , para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21.

Os países comemoram esta data, dedicando ao "Dia Mundial da Água" atividades concretas que promovem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos .

"O direito à água é um direito humano e a sustentabilidade de seu uso não deve ser só econômica, mas humana, social, cultural, ambiental e política".

A água é uma substância excepcional, essencial para a vida, alimenta nações, alimenta nossa indústria, atenua nossos problemas, sacia nossa sede e traz beleza e prazer a nossa vida.

A preocupação com a situação das águas, que em alguns países se tornou nacional, está longe de ter no Brasil a dimensão necessária e merecida. Trazer os rios para o foco das atenções da sociedade deveria ser objetivo de cada cidadão brasileiro. Integrá-los, ampliar seu número e seu alcance, tem sido a preocupação das Ongs que se propõem conscientizar a população, tecendos os fios de uma rede que já existe potencialmente, acreditando na capacidade que esta rede terá no estabelecimento de uma nova cultura referente às águas e na reedição multiplicadora desta idéia.

Água e saúde são inter-conectadas de muitas maneiras e, é importante considerar a crescente necessidade por água adequada e saudável, para proteger tanto as pessoas quanto o planeta. A água é um dos recursos ameaçados mais preciosos da Terra. Saúde é um dos recursos mais preciosos de cada pessoa.

A situação dos limnossistemas no Brasil e no mundo é extremamente preocupante. Da água doce disponível no mundo, o Brasil detém 8%. Todavia, cumpre lembrar que uma parte incalculável dela foi jogada ao mar com a drenagem parcial e total de lagos e com a retificação de rios. A parcela que restou vem sendo poluída por esgotos domésticos, efluentes industrias e metais pesados, entre tantos outros contaminantes.

A biodiversidade dos limnossistemas está sendo empobrecida por drásticas ações antrópicas. Diante disto, não basta apenas considerar a água como mercadoria e cobrar por ela. É preciso restaurar e revitalizar os limnossistemas, aproximando legislação, políticas públicas e educação mais da ecologia que da economia. A cobrança pela água em si só tem cabimento se visar o renascimento dos ecossistemas aquáticos.


Fonte: Vininha F. Carvalho - Del Valle Editoria