Editoria: Vininha F. Carvalho 08/06/2009
Segundo a consultoria Ernest&Young, a Polônia é o destino mais atrativo para novos investimentos na Europa, ultrapassando países como Alemanha e França. Coincidência ou não, desde que o país entrou para a União Européia, em 2004, os intercâmbios entre brasileiros e poloneses cresceram cerca de 400%. Período em que a Polônia registrou não só uma melhoria no acesso ao mercado europeu comum, mas também obteve acesso aos fundos estruturais europeus. A entrada na UE acelerou consideravelmente o crescimento econômico da Polônia e fez a sua economia imune às flutuações do mercado econômico mundial.
“Até 2013, o país deve receber 85 bilhões de euros diretamente dos fundos estruturais e de coesão da União Européia”, prevê Piotr Maj, chefe do departamento de Promoção Comercial e Investimentos da Embaixada da Polônia no Brasil.
De acordo com o relatório da Economist Intelligence Unit, o PIB polonês deve crescer cerca de 0,7% até o final de 2009, colocando o país em primeiro lugar da Europa e em sexto melhor resultado do mundo, logo depois da China (6%), Índia (5%) e Egito (3,9%).
“Em relação a países como República Tcheca, Hungria ou Eslováquia, que dependem 80% de exportações, a Polônia é menos sensível à crise”, detalha Maj. “Com grande mercado interno, as exportações representam somente 40%”, afirma.
O crescimento econômico baseia-se numa política monetária sólida e rigorosa, apresentando um nível de inflação baixa. Os setores mais favoráveis para investimentos são as indústrias: automobilística, química, máquinas e tecnologia da informação. Para Maj, “o segredo está na combinação de eficiência produtiva de alto capital que necessita de força laboral com altas qualificações e competitividade de custos”, conclui.
Por que investir na Polônia?
·Alíquota do imposto de renda de pessoa jurídica (CIT) é de 19%, um dos mais baixos da Europa;
·Custo de trabalho competitivo;
·Localização estratégica, sendo um trampolim para o Leste Europeu;
·Grande mercado interno;
·Possibilidade de escolha entre várias localizações – greenfield (áreas agrícolas) e brownfield (instalações industriais e comerciais disponíveis para reutilização);
·Nos últimos quatro anos, o valor das exportações polonesas foi de 56 para 101 bilhões de euros, sendo que 85% de exportações polonesas destinam-se aos países industrializados;
·A força laboral é altamente qualificada e empreendedora. Na Polônia, 87% dos estudantes universitários (cerca de 2 milhões) falam um idioma estrangeiro;
·A Bolsa de Valores polonesa é considerada uma das mais movimentadas da Europa. No final de abril obteve retorno de 10,69 bilhões de euros, superando as bolsas de Atenas e Viena;
·No ano passado, em conseqüência de novos investimentos estrangeiros, foram criados cerca de 19 mil novos empregos, ocupando o segundo lugar no ranking de criação de novos empregos, atrás da Grã Bretanha;
·Em 2008 foram criados 146 projetos de investimento estrangeiro direto.