Editoria: Vininha F. Carvalho 30/07/2009
De um grande evento como a Copa do Mundo em 2014 ao fortalecimento do Programa de Regionalização do Turismo. Com recursos assegurados da ordem de R$ 280 milhões, o Sebrae, em parceria com o Ministério do Turismo e entidades do setor, vai trabalhar pela excelência deste segmento.
Essa estratégia foi detalhada pelo presidente Paulo Okamotto e pelo diretor técnico Luiz Carlos Barboza durante entrevista coletiva realizada quinta-feira (2), no 4º Salão de Turismo, em São Paulo.
“A prioridade do Sebrae é facilitar a gestão dos negócios e, trabalhando de forma integrada com diferentes órgãos e entidades, vamos multiplicar os instrumentos de capacitação”, assegurou Okamotto.
O Sebrae Nacional e as unidades estaduais desenvolvem mais de 160 projetos com 982 parceiros e a tendência é de crescimento. A atuação se dá em diferentes frentes através de parcerias com o Ministério do Turismo, Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Para Luiz Carlos Barboza, o turismo pode ser considerado como uma grande montadora de serviços de uma empresa complexa. “Quem visita um lugar guarda uma impressão do conjunto e a qualidade dos serviços depende da integração entre os vários atores”, avalia.
Como exemplo, lembrou que um projeto de recuperação de linhas férreas de pequeno percurso em lugares turísticos pode ter um enorme impacto. “Calculamos que entre 150 e 200 pequenos negócios possam ser revitalizados em cada um destes percursos”, disse Barboza.
Informalidade:
A lei do Empreendedor Individual, que beneficia trabalhadores informais com faturamento de até R$ 36 mil, foi um dos pontos dominantes. O presidente e o diretor falaram sobre as vantagens dessa mudança e reafirmaram o compromisso da instituição para esclarecer o público-alvo.
Investimento maciço em propaganda, impressão de milhões de cartilhas, alianças com parceiros e treinamento de consultores para explicar as mudanças ao público-alvo são algumas das ações.
A estimativa é que cerca de 11 milhões de empreendedores atuem na informalidade. No setor de turismo, a quantidade de estabelecimentos é de aproximadamente dois milhões, sendo 900 mil formais e 1.100 informais. São 900 mil bares e restaurantes; 30 mil meios de hospedagem; sete mil agências de viagem e turismo; duas mil locadoras de automóveis, segundo dados do Ministério do Turismo.
“Esse é um cliente que temos que resgatar e estamos construindo um ambiente para que essas pessoas possam ser olhadas. O Sebrae já atendia este público, mas só tínhamos o problema, agora temos uma solução. Vamos fazer o que puder para que eles se transformem em empresários”, reforçou Paulo Okamotto.