Foz do Iguaçu sedia o II Simpósio Internacional de Gerenciamento de Resíduos da Agropecuária e da Agroindústria

Editoria: Vininha F. Carvalho 15/03/2011

O Centro de Estudos do Biogás, Laboratório de Biogás e o Curso de
Atualização em Energias do Biogás, todos abrigados no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), serão apresentados em primeira mão aos participantes do II Simpósio Internacional de Gerenciamento de Resíduos da Agropecuária e da Agroindústria (Sigera), nesta terça-feira (15), em Foz do Iguaçu, pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.

O Sigera é uma realização da Embrapa, em parceria com a Unioste e a Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios, e conta com o apoio da Itaipu. O evento será realizado entre 15 e 17 de março no Hotel Golden Tulip Internacional e terá cerca de 200 participantes, principalmente brasileiros e europeus.

“A Itaipu vem trabalhando muito fortemente para o desenvolvimento da economia do biogás no Oeste Paranaense e essa será uma oportunidade para demonstrar as soluções desenvolvidas pela empresa e seus parceiros a um público eminentemente técnico”, afirma o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley.

“O aproveitamento energético do biogás é um componente econômico estratégico na questão do tratamento dos resíduos da agropecuária, que é o tema principal do Sigera”, acrescenta.

A Itaipu vem trabalhando desde 2007, no desenvolvimento de diversos projetos de geração de energia a partir de biogás em propriedades rurais e em unidades agroindustriais de cooperativas da região.

O processo basicamente consiste no tratamento ambiental dos dejetos que, acumulados em um biodigestor, produzem biogás. Este, por sua vez, é utilizado para movimentar motogeradores e produzir energia elétrica, que pode ser utilizada na propriedade ou vendida para a concessionária de energia local
(ou ambos).

Por isso, além dos ganhos em termos de saneamento ambiental, o processo viabiliza novas fontes de receita no meio rural (inclusive com a venda de créditos de carbono).

“O biogás constitui e sustenta uma cadeia de suprimentos e demandas relativamente complexa nos ambientes rurais, que tem
um enorme potencial para se desenvolver”, garante Bley.

Agora, as iniciativas que a Itaipu e seus parceiros estão promovendo para estimular a economia do biogás ganham novos aliados. O Centro de Estudos do Biogás (CEB), que tem suas instalações no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), tem como proposta servir como fonte de informações e referencial de dados
técnico-científicos sobre toda a cadeia de suprimentos do biogás na região Oeste do Paraná, no Brasil e na América Latina.

Outra novidade é o Laboratório de Biogás, um laboratório de análises físico-químicas e biológicas de biogás e resíduos orgânicos, com referência metodológica da Universidade de Recursos Naturais e Ciências Aplicadas à Vida/BOKU, de Viena-Áustria.

Os participantes do Sigera também terão a oportunidade de conhecer o Curso de Atualização em Energias do Biogás, um curso a distância cujas aulas tiveram início nesta semana. Até o final de 2011, profissionais de diversos perfis(engenheiros,comunicadores, técnicos ambientais e agrícolas, entre outros) terão contato com diversos aspectos da economia do biogás, como modelos de biodigestores, conversão energética, monitoramento através de georeferenciamento. O objetivo é formar 210 pessoas até o final do ano.

Na sexta-feira (18/3), aqueles que tiverem interesse também poderão fazer uma visita técnica ao Condomínio de Agroenergia da Agricultura Familiar do Ajuricaba. O projeto, pioneiro do país, consiste na geração de energia a partir de resíduos da pecuária suína e leiteira de pequenas propriedades da microbacia do Rio Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Quando estiver
concluída, a iniciativa viabilizará a produção energética renovável para 41 famílias de agricultores.

Fonte: Itaipu Binacional