Proposta musical inclui viagens e propagação do amor através de canções harmoniosas e intimistas

Editoria: Vininha F. Carvalho 31/01/2011

Dois violões, duas vozes, saxofone, kalimbas, percussão e outros instrumentos compõem os arranjos das músicas do Minascumpraia, dupla formada por Renato Raiz e Léo Mattus. Executadas com simplicidade, mas repletas de identidade, as canções da dupla são harmoniosas e intimistas e misturam influências de MPB, reggae e folclore.

Com um projeto inovador e aventureiro, os dois integrantes do Minascumpraia viajaram com seus instrumentos pela costa brasileira em uma peregrinação musical acompanhados de sonoridade e leveza.

O objetivo dessa viagem foi a divulgação do primeiro álbum da dupla, mas também a realização do sonho de levar sua música lugares a mais afastados. A preparação da viagem incluiu seis meses de reforma na Rural F85, para que ela fosse forte o suficiente para aguentar o trajeto de 12 mil quilômetros, correspondente ao caminho de sete meses de aventura. O percurso escolhido foi de Santos, no litoral paulistano, até Natal, no Rio Grande do Norte.

Carregando na bagagem um potente equipamento de luz e som capaz de produzir shows para até 1500 pessoas, os músicos documentaram em vídeo suas aventuras levando música e bom humor rumo ao norte do País. Como resultado dessa viagem, a dupla trouxe muitas histórias para contar, como por exemplo, a companheira de viagem Kalimba, cachorrinha que estava abandonada e viajou dois meses a bordo da Rural com os músicos até encontrar um novo dono.

A viagem também proporcionou tempo para que os integrantes do Minascumpraia pudessem compor novas canções. Essas melodias já estão esperando a nova viagem, que a dupla pretende fazer no início do ano.

Sobre o Minascumpraia:

Há dez anos juntos, a dupla se conheceu em uma produtora onde Renato Raiz trabalhou. Em pouco tempo, os dois identificaram os gostos em comum e iniciaram a parceria na produção das melodias do Minacumpraia. O nome da banda remete às regiões de onde vêm os dois músicos: Leo Mattus de Minas e Renato Raiz de Santos.

“Busco passar a essência da minha música. Isto porque as canções que componho são a minha verdade. Elas são o reflexo de tudo o que já vivi e continuo vivendo”, declara Léo.

Leo Mattus tem formação autodidata. O músico cresceu sob a influência dos sons da cultura do norte de Minas. Seus primeiros instrumentos foram o clarinete e o saxofone. Tocou na noite de Belo Horizonte e aperfeiçoou seus estudos na Fundação de Educação Artística e na Federação de Teatro de Minas Gerais – Fetemig. Veio para São Paulo, onde trabalhou como músico e educador, participando na gravação de vários discos e trilhas e atuando como arte-educador em escolas e projetos sociais.

Participou da banda do violinista Eduardo Agni e colaborou com o projeto internacional de música ‘Mosaïque Vivant’, quando foi para uma turnê solo na Holanda, em setembro de 2004. No ano seguinte, realizou um trabalho de pesquisa cultural e fotografia, inspirado na obra de Guimarães Rosa, na região do Rio São Francisco no norte de Minas Gerais, esse trabalho foi uma parceria com a jornalista holandesa Stijntje Blankendaal e o fotógrafo holandês Mark Nozeman e resultou em uma exposição fotográfica e shows no Sesc Pompéia em São Paulo.

Leo cursou Musicoterapia na Faculdade Paulista de Artes e desenvolveu projetos musicais sociais para crianças em São Paulo e Minas Gerais. Sua veia de compositor aparece no Show “Ultimas Estórias” realizado no Sesc Pompéia e no seu primeiro CD, intitulado “NaCarrera”, que contou com participação do percussionista carioca Eros Fresiq. O artista define a sua produção musical como algo elaborado a partir das suas vivências.


Renato Raiz é publicitário, cantor e compositor, nascido e criado na cidade de Santos e com uma vasta experiência no meio musical e na produção de jingles para campanhas publicitárias. Renato já deixou sua marca registrada em importantes peças da Nova Schin, Walmart, Ministério do Turismo, Vivo e outras grandes marcas pra quem ele emprestou seu talento e sua voz, cantando e fazendo locuções. Fez parte também de bandas importantes do cenário da Reggae Music e experimentou um pouco do eletrônico, atuando como produtor e DJ.

Fonte: Raphael Pascoal