Grandes empresas optam pelos biolubrificantes vegetais, colaborando com a cadeia sustentável

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/09/2012

Primeira empresa no Brasil dedicada exclusivamente na fabricação de biolubrificantes de base vegetal, a VGBIO vem conquistado esse importante mercado e atraindo as maiores companhias de diversos segmentos , cada vez mais preocupadas com a nova economia de cadeia sustentável e para as quais a questão ambiental e produtos de alto desempenho são levados a sério.

Com diferentes aplicações, empresas como a Embraer, Quip Engenharia, ThyssenKrupp Elevadores, Companhia Siderurgica do Atlantico, ALL, Polimetal, Camargo Correa, Maquinas Sanmartin, Superpesa e a WEG Motores, entre outras, já iniciaram a substituição dos lubrificantes e graxas minerais por produtos biodegradáveis e atóxicos de origem vegetal.

Essa importante biotecnologia está inserida no restrito rol das patentes verdes do INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Das 500 patentes verdes que deverão ser concedidas pelo INPI em todo o Brasil, quatro já são da VGBIO.

“Conseguimos produzir biolubrificantes e graxas que, além de apresentarem maior rendimento do que os lubrificantes minerais e sintéticos em diversas aplicações, não agridem o meio ambiente, pois a sua degradabilidade varia entre 28 e 40 dias.

Outras vantagens são a economia em função do aumento do ciclo de vida do produto e a redução do descarte de resíduos, o fim das multas ambientais e todos os transtornos causados pelos produtos que agridem à saúde e à natureza”, explica o diretor executivo (CEO) da VGBIO, Roberto Uyvari Jr.


Sobre a empresa:

Com sede em Campinas, a VGBIO foi criada no início de 2012 e tem capacidade produtiva de 170 mil litros de biolubrificantes e 7 mil quilos de graxa por mês. A biotecnologia da fabricação de lubrificantes e graxas biodegradáveis à base de óleos vegetais de soja, nabo forrageiro, mamona e pinhão manso, entre outros, foi desenvolvida em 2006.

Com previsão de investimentos da ordem de R$ 13 milhões para 2013, incluindo a construção de nova unidade fabril e laboratório de pesquisa e desenvolvimento na região de Campinas, interior de São Paulo, além de certificações e patentes, a VGBIO estima um faturamento da ordem de R$ 25 milhões em 2013 e crescimento em torno de 20% ao ano para os próximos cinco anos.

“A expectativa é de gerarmos, até 2013, cerca de 60 novos postos de trabalho diretos e aproximadamente 460 na cadeia produtiva”, estima Roberto Uyvari Jr.

Aplicações:

Os excelentes resultados na aplicação dos produtos vegetais induziram a empresa a novos estudos e pesquisas para o atendimento de diversos mercados e aplicações, entre elas o uso de óleos vegetais no setor de mineração, especialmente na aplicação de perfuração de rochas, e nos equipamentos e esteiras transportadoras de minério.

No mercado de agronegócio o novo produto está sendo requisitado para os equipamentos de movimentação de terra (tratores, colheitadeiras, plantadeiras etc.).

Nas usinas de álcool e açúcar, o produto pode ser utilizado em equipamentos de moenda para a fabricação de álcool e açúcar e nos equipamentos de colheita mecanizada.

Nos portos, sua aplicação é recomendada nas esteiras transportadoras para embarque de grãos a fim de evitar a contaminação dos alimentos, pois o óleo vegetal, além de biodegradável, tem também a característica de atender a especificação de grau alimentício.

Também a aplicação pode ser feita nas defensas de portos e cabos de aço dos guindastes que movimentam os containers, pois nestes locais existem sérios riscos de contaminação da água do mar.

Além disso, um dos produtos da companhia, o VG-PRO, um biolubrificante protetivo, já está sendo exportado para a Oxifree Metal Protection, empresa norte-americana localizada no Texas. A VGBIO também está finalizando parcerias com empresas nos mercados norte-americano, europeu e asiático.

Fonte: Vera Longuini e Adelaine Cruz