Marina Silva sugere

Editoria: Vininha F. Carvalho 01/06/2005

Durante a abertura do 1º Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a necessidade de "não só lidar com agenda de comando e controle, mas com a agenda positiva do desenvolvimento" para combater o desmatamento da Amazônia. O evento ocorreu na terça-feira (31/5), no Rio de Janeiro.

Ela citou o manejo florestal, conjunto de técnicas para a colheita de parte das árvores grandes que fazem com que as menores sejam protegidas – ação que pode reduzir o desmatamento da Amazônia provocado pelo cultivo de soja.

"Pode-se substituir a destruição da floresta para a agricultura por manejo florestal, e mantendo a floresta em pé. O Brasil tem 160 mil quilômetros quadrados de área convertida, abandonada e semi-abandonada.

A Embrapa tem tecnologia para utilizar, de forma intensiva, essas áreas e aumentar a produção de grãos, e sem derrubar mais um pé de árvore", disse.

Marina afirmou ainda ser mal-interpretada por alguns jornalistas. Segundo a ministra, eles consideraram que ela tivesse transferido a responsabilidade do desmatamento da Amazônia para a sociedade – em abril o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais informou o crescimento de 6% do desmatamento da Amazônia em um ano, território que quase corresponde ao tamanho do estado do Alagoas.

"Eu quis dizer é que, quando os consumidores começarem a exigir daqueles que ainda não estão plasmados nessa preocupação de sustentabilidade, o Brasil passará a dar uma grande contribuição para preservar o meio ambiente", explicou.

Fonte: Agência Brasil