Mulheres invadem território masculino

Editoria: Vininha F. Carvalho 01/06/2005

Ainda existem muitos mitos relacionados à musculação que precisam ser derrubados para que as mulheres possam usufruir os excelentes resultados desse treinamento. Um deles é o do aumento desenfreado no volume dos músculos, o que roubaria os contornos femininos, deixando as praticantes musculosas como as fisiculturistas.

Pura ficção:

As chances de uma mulher ganhar uma grande quantidade de massa muscular são muito pequenas por conta de fatores fisiológicos e hereditários.

“Os homens têm um maior ganho de massa muscular porque possuem, em repouso, uma concentração de testosterona 10 vezes maior do que no corpo feminino. Além disso, menos de 10% das mulheres têm predisposição genética para o desenvolvimento de músculos”, explica o professor Rodrigo Otávio Prado, especialista em Musculação e Treinamento de Força e dono da Academia Forma Feminina, onde homem não entra.

“Um dos objetivos da Forma Feminina, uma academia exclusivamente para mulheres, é orientá-las corretamente na prática da musculação e do condicionamento físico, montando programas que desmistifiquem a atividade”, afirma Prado.

A musculação é uma atividade física que trabalha os grupos musculares individualmente com o uso de pesos livres e aparelhos.

Considerada antigamente um território estritamente masculino, passou a ser vista, da segunda metade do século passado para cá, como uma modalidade esportiva também para mulheres, dados seus benefícios para a saúde feminina.

Musculação no combate a osteoporose

Outro mito é o de a atividade ser indicada apenas para pessoas jovens. Estudos científicos comprovam que mulheres com mais de 50 anos obtém grandes ganhos com a musculação, ela intensifica a eliminação de glicose pelo organismo, fortalece o coração, diminui a pressão arterial e protege ossos e articulações. "A contração muscular estimula as células produtoras de ossos a trabalhar com mais vigor e intensifica a fixação de cálcio no esqueleto, o que ajuda a prevenir a osteoporose”, explica Rodrigo Otávio Prado.

Existe ainda o fator psicológico que influencia na hora da escolha da modalidade esportiva. Diferentemente dos homens, a maior parte das mulheres prefere exercícios mais movimentados, acreditando ser a musculação repetitiva e monótona.

Para Prado, é possível tornar o trabalho com pesos e aparelhos uma atividade agradável e dinâmica. “Buscamos oferecer programas que atendam às necessidades e anseios do público feminino e mantenham o interesse pela atividade”, conta.

Ele ressalta que o mais importante é a prática de exercícios físicos bem orientados, para que as mulheres possam alcançar bem-estar físico e mental e ganhar mais qualidade de vida.

Fonte: Capta Comunicação e Promoções